Adorei a viagem para São Paulo, e o melhor de tudo consegui meu visto!
Fui para São Paulo com a melhor companhia de todas, com a Nati. Não sei o que seria de mim sem ela!
Pegamos um taxi para ir ate o aeroporto de Joinville, e como não poderia faltar isto nos perdemos! Perguntamos para algumas pessoas e conseguimos localizar o caminho certo, que por sinal e muito mal sinalizado.
No aero tivemos que aprender a fazer o check in e como não tínhamos malas só nossas `big` mochilas não despachamos nada, como a Nati disse `não queremos fazer despacho` (toda a vez que vou despachar a bagagem lembro dela falando isto).
Comemos um pouco e vimos um avião decolando, nem preciso dizer que o frio na barriga já começou ali. Esperamos por algum tempo porque nosso voo estava atrasado, para quem conhece a Nati sabe que a espera não é longa porque você só ri.
Quando entramos no avião a Nati não conseguia parar de falar e eu só ria porque nós duas estávamos com medo. A menina que estava sentada ao nosso lado se ofereceu para tirar foto de nós no avião e conversou com a gente, a Nati faz amizade muito rápido. Quando o avião decolou estávamos mais calmas porque era muito bom, nós gostamos! Voamos sobre o oceano e não havia nuvens, nós vimos tudo tão pequeno, sem explicação a sensação de andar de avião na primeira vez, você se sente uma criança realizando um sonho ou ganhando um brinquedo novo. O vôo foi muito rápido cerca de 30 minutos, quando vimos que estávamos em São Paulo o medo tomou conta, gente nunca vi tanto prédio junto, como iria achar o consulado no meio da selva de pedra???
Quando o avião estava pousando ficamos assustadas novamente e a Nati soltou “achei que dava solava..” e o avião pousou, a sensação e dele estar passando numa estrada cheia de buracos a mil por hora de tanto solavancos, mas depois que pousou ficamos contente e com medo ao mesmo tempo porque a pergunta que tínhamos era a seguinte ‘como sair do aeroporto de Congonhas agora???’
Estávamos cogitando de pegar o busão para ir até a 25 de março, mas sem chance porque quando subíamos a rampa que dava acesso ao aero o meu pensamento era “o que eu estou fazendo aqui???” e a Nati “porque eu vim junto???’ e o pensamento de ambas era “Como saímos daqui??”. Fizemos o que deve ser feito quando nao se sabe o caminho ‘seguimos o fluxo’ porque todos que saíram do avião também iriam sair do aero.
A Nati pediu aonde ficavam os taxis para um homem. Achamos a empresa e pedimos para ir para a ’25 de março’ e la fomos nós. Confesso que fiquei com medo no caminho do aero até a 25 mas quando vi que o caminho era normal (sem favela, bandido, mendigo, traficante) fiquei feliz!
Não gostei da 25 de março porque só vi material escolar e biju, a única coisa que valeu a pena foi minha mala de viagem azul com estampa do mapa do mundo. A 25 fede de xixi realmente, tem gente que não sabe o lugar de ir no banheiro. O medo de ser roubada era constante. E os preços para nós turista eram caros, você tinha que tentar negociar o valor. Gostei das varias atrações artísticas que aconteciam no meio da 25, a que mais me chamou atenção foi a de um menino dançando como o Michael Jackson e de um cara com violão que quando nos viu já falou que eramos do sul.
Depois de caminhar mais de 2 horas na 25 chegamos a conclusão que deveríamos ir embora para o hotel, dai descobrimos que ambas já queriam ter saído fazia um tempão dali, só estávamos achando que a outra queria ficar mais tempo.
Pegamos um taxi e fomos para o Hotel. Chegando no hotel a Nati já fez amizade com a recepcionista que nos colocou num quarto muito bom no decimo andar com vista para o Shopping Morumbi. E estava tão escuro o céu que achei que fosse umas 6 horas mas quando liguei para a minha mãe e irmã para dizer que estava viva ela disse que eram só 4 horas! A janta no hotel era somente as 7 então resolvemos ir para o shopping porque ficamos tão impressionadas com ele que tínhamos que ir.
Andamos muito no shopping, vimos muitas lojas e descobrimos que não poderíamos comprar nada mesmo em promoção, era tudo muito caro. Entramos na livraria da Saraiva e eu já procurei por livros sobre o Brasil em inglês para dar para minha família dos EUA mas nao comprei porque não sabia se conseguiria o visto, combinei com a Nati de voltar no outro dia para comprar se o visto desse certo.
Na hora de sair do Shopping encontramos um problema... estavamos perdidas dentro do shopping e morrendo da fome também porque comemos só no aero de Joinville as 10 e já eram 18 horas, neste meio tempo viajamos de avião, chegamos e São Paulo, andamos pela 25 e estávamos no shopping já algumas horas; sabíamos que se encontrássemos a loja da CA encontraríamos a saída porque foi por lá que entramos, foi um sobe e desce de escada rolante ate a Nati pediu informação e achamos a saída!
A janta no hotel estava maravilhosa, porque quando se está com fome tudo é realmente bom. A NatiNati com a metade dela. O banheiro do quarto era muito pequeno e o chuveiro tinha uma pressão que parecia que ia arrancar nossas cabeças, e detalhe o espaço para tomar banho era minusculo, e para regular a temperatura da agua tínhamos que ter paciência. No meio do meio banho consegui desregular a temperatura batendo com meu braço no registro de tão pequeno que era o espaço e lá vai água fria em mim.
A vista a noite era muito linda, luzes na cidade inteira, sem explicação para nós que nunca tínhamos estado em São Paulo antes.
Não conseguimos dormir. Acordei as 11 horas da noite achando que era 5 da manhã, só pensava no visto porque todos os meus sonhos dependiam disto, o meu futuro seria decidido no dia seguinte. Queria ligar para a minha mãe as 3 da madruga porque é o horário que ela acorda para ir trabalhar mas bem neste horário dormi.
Descemos as 6 da madruga para tomar café da manhã que para a nossa surpresa começava somente as 6:30, a recepcionista tinha falando para nós que era as 6 por isto já tínhamos pago antecipado. O principal problema era que meu horário estava agendado para as 7:30 e o recomendado é sempre chegar antes. Fazer o que como já tínhamos pago esperamos a meia hora que valeu muito a pena porque o café da manhã era muito bom mas nós só engolimos para mastigar no consulado porque não tínhamos muito tempo
Pequemos um taxi e lá fomos nós. O hotel é muito próximo do consulado então foi rapidinho para chegar lá! Quando chegamos já avistamos a fila enorme, a primeira pergunta que fiz ‘era o que essa gente toda quer nos EUA??’. Infelizmente a Nati só pode me acompanhar até o portão, eu entrava no consulado e ela ficava do lado fora. Não me preocupei muito com ela porque sabia que ela iria fazer amizade com alguém e iria dar muita risada. Já eu pelo contrario fiquei muito nervosa porque era muita gente tentando o visto, o pessoal que trabalha gritava com você o tempo todo dizendo o que precisam que tenhamos em mãos para a próxima etapa, e o pior de tudo é imaginar que seus sonhos poderiam não se tornar realidade em poucas horas.
No consulado me sentia como uma presidiaria, fila e pessoas gritando o tempo inteiro. Imaginava o Consulado Americano muito moderno mas na realidade é um galpão enorme cheio de fila, posso dizer que é organizado pela quantidade de pessoas que eles precisam atender.
A pior parte do visto na minha opinião é a espera para pegar a documentação, porque você tem uma senha que pode ser chamada a qualquer instante, falam para você acompanhar na TV o próximo número mas ‘tá que TV??’, depois de algum tempo acompanhando somente o numero da vez nas bancadas localizei a TV onde mostrava sempre os dez próximos números, então você fica olhando e esperando. Demorou mais de meia hora para minha sequência começar a ser chamada e para meu azar somente o meu número não foi chamado. O desespero tomou conta de mim ‘porque somente o meu não foi chamado?’, passou muita coisa pela minha cabeça naquela hora mas depois de uns quinze minutos e de muita dor de cabeça lá estava meu número!
A pior parte do visto na minha opinião é a espera para pegar a documentação, porque você tem uma senha que pode ser chamada a qualquer instante, falam para você acompanhar na TV o próximo número mas ‘tá que TV??’, depois de algum tempo acompanhando somente o numero da vez nas bancadas localizei a TV onde mostrava sempre os dez próximos números, então você fica olhando e esperando. Demorou mais de meia hora para minha sequência começar a ser chamada e para meu azar somente o meu número não foi chamado. O desespero tomou conta de mim ‘porque somente o meu não foi chamado?’, passou muita coisa pela minha cabeça naquela hora mas depois de uns quinze minutos e de muita dor de cabeça lá estava meu número!
Fui na fila para pegar os documentos mas para minha ‘sorte’ (como sempre) as bancadas fecharam e começaram a recolher digitais porque a fila das digitais estava imensa! Esperei mais dez minutos para pegar a documentação e quando fui para fila das digitais era obvio que não tinha fila.
A fila da entrevista era a mais esperada porque era alí que seria decidido meu futuro. Novamente fila enorme; nesta fila e entregue o envelope para o sedex para você ir preenchendo. Quando dei por mim lá estava eu sendo encaminhada para uma bancada de um cônsul que era um cara alto e magro.
Nesta bancada estava sendo atendida uma mulher, havia outra cara na minha frente e eu. Todas as entrevistas estavam sendo muito rápidas pensava que em dez minutos já saberia o meu destino, mas como sempre algo acontece comigo a mulher que estava sendo atendida ficou mais de quarenta minutos falando com o cônsul tentando provar que o marido dela morava nos EUA e que ela iria visitar, confesso que achei a historia dela ‘sem pé e cabeça’ (quem estava na fila escutava) e comecei a pensar comigo mesma que este cônsul era bonzinho porque se fosse para ele negar já teria negado, não ficaria dez minutos conversando e como para mim estava tudo certo era certeza que eu iria conseguir. Nisto colocaram uma outra mulher atrás de mim e comecei a conversar com ela e quando dei por conta o consulado começava a ficar vazio e pessoas que chegaram depois que eu já estavam sendo entrevista e eu lá esperando não podendo trocar de fila. No final o cônsul negou o visto para a mulher; a entrevista do outro cara foi muito rápida e era minha vez.
Confesso que estava tão nervosa que o inglês simplismente não saia direito; a primeira pergunta era o que eu iria fazer nos EUA e eu respondi au pair, nisto já vi o consul assinando uma folha e pegando papeis e algo me dizia que tinha conseguido! Ele fez mais algumas perguntas (se tinha parente nos Eua? Se estava formada?... dai não lembro mais) e disse ‘pode pagar o Sedex o visto foi aprovado’... para tudooo... Sim aprovado agora sim poderia dizer para todos que eu iria mesmo para os EUA porque realmente estava tudo certo!
Quando sai do consulado procurei pela Nati mas não via ela, de repente escuto ela me chamar e digo que consegui, ela já sabia porque quem conseguia o visto precisava pagar a taxa do Sedex e eu estava nesta fila. Ela ligou para minha irmã para dar a noticia e eu tinha mais meia hora de fila no sol, para mim está é a melhor fila, eu estava muito contente e sorrindo, enquanto esperava para pagar o Sedex. Estava contente sim, era obvio porque meu visto foi aprovado meu sonho se tornará realidade!
Pegamos um taxi de volta para o hotel para fazer o check out, deixamos minha mala enorme na recepção porque iriamos no shopping mas primeiros teríamos que ir numa loja de matérias de construção perto do hotel para comprar cadeado porque como sou muito esperta coloquei uma senha na mala e não lembrava qual era, minha sorte que não coloquei o zíper no ‘cadeado de segredo’.
No shopping compramos presente para minha família dos EUA, bandeira do Brasil e almoçamos; conseguimos sair do shopping desta vez sem pedir ajudar, grande evolução.
Fomos para o Hotel pegar a mala e pegamos um taxi para o Aeroporto de Congonhas. O taxista era muito simpático foi o único que conversou conosco, a Nati brincava que precisávamos entrar no taxi do Luciano Huck mas não tínhamos conseguido mas este taxista só não era famoso porque simpatico era. O taxista falou que todos os outros com certeza pensaram que nos eramos ‘gringas’ porque temos olhos claros porque é muito difícil ter pessoas com olhos claros ali. Um cara numa loja no shopping falou a mesma coisa, como só a Nati falava perguntou se eu era de fora falei que não; muito estanho isto...
No aero precisávamos fazer o despacho da minha mala e aprender a fazer o check in em uma tela sozinhas, complicado no começo mais muito fácil no final. Então depois de muitas aventuras estávamos novamente no aeroporto, pensando em cada etapa que vencemos em um dia: primeira vez que andamos de avião, pegamos taxi em São Paulo, conhecemos a 25, encontramos o hotel, consegui o visto e compramos os presentes. Relembramos nossas caras de assustadas no dia anterior quando tínhamos desembarcado e agora podíamos dizer que conseguimos tudo.
Na volta a Nati sentou na janela mas para o azar estava tudo nublado e ela não viu nada. Estávamos tirando foto quando deveríamos estar com a câmera desligada, só nos mesmos.
Quando desembarcamos no Aero de Joinville lá estavam a Gabi, Tonon e a Duda nos esperando, como é bom chegar em casa! Mandei mensagem para todos dizendo que tinha conseguido o visto.
E é isto agora começa todos os preparativos para a viajem!
Sonhos podem sim se tornar realidade... nada é impossível!
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